SP: derrotados na eleição já ensaiam apoio a Doria

Folha de S.Paulo – Daniela Lima e Thais Bilenki

Dois dias após a eleição de João Doria (PSDB) para a Prefeitura de São Paulo, partidos que apoiaram seus rivais já indicam que devem apoiá-lo na Câmara a partir de janeiro. O gesto fará com que o tucano possa contar com os votos de até dois terços da Casa, o que lhe permite uma maioria confortável para aprovar projetos sensíveis, como as privatizações do Anhembi e de Interlagos. Ao menos cinco legendas de coligações adversárias de Doria já enviaram sinais de que devem migrar para a base de apoio ao tucano. Entre elas estão o PMDB, de Marta Suplicy, e o PSD, de seu vice, Andrea Matarazzo.

Das 55 cadeiras, 25 estão com vereadores de partidos da coligação de Doria. As prováveis novas adesões deixariam a base com ao menos 38 membros – a oposição, hoje, teria 11 nomes (sendo 9 do PT).

Fundador do PSD e ex-prefeito de São Paulo, o ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) diz que a disposição de seu partido é dialogar e atuar de forma "construtiva". "A cidade elegeu um prefeito, nós vamos ajudá-lo", afirmou à Folha. Kassab ressaltou que não falava "pelos vereadores", "que têm liberdade para exercer suas convicções", mas diz que "a orientação partidária é ter uma ação construtiva, mais do que republicana".

Partidos que apoiaram a candidatura de Celso Russomanno (PRB) também devem se alinhar a Doria. A Folha apurou que PRB e PTB já procuraram o coordenador da transição de João Doria, Júlio Semeghini, para conversar

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