Presos controlam acesso a presídios em Pernambuco, diz CNMP

presidioRelatório produzido após visita de comissão do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) apontou uma série de problemas em três dos principais presídios de Pernambuco e cobrou providências do poder público local. Além das já tradicionais falta de estrutura física, apoio jurídico e superlotação, uma das constatações dos auditores foi a “autogestão” dos presos nos locais visitados em maio. Para os relatores, o Estado não exerce o correto poder de controle nas unidades. A reportagem é de Carlos Madeiro para o Uol.
Em Caruaru, diz a reportagem, a penitenciária Juiz Plácido de Souza enfrenta superlotação: tem capacidade para 380 presos, mas possui 1.302. No local, presos provisórios e condenados convivem sem divisão.
Na unidade, os representantes do CNMP apontam, no relatório, ter encontrado uma “espécie de autogestão dos presos no sistema prisional”. O documento cita que os presos ficam fora das celas e tem controle das ações dentro da unidade.
A situação é parecida no Recife, no Complexo Prisional do Curado – o antigo Aníbal Bruno, considerado pelo Conselho Nacional de Justiça o pior do país.
Segundo o relatório, na unidade há cerca de 5.000 presos ocupando espaço destinado a 1.500. Detentos exercem a função de controladores do acesso.
Ainda segundo o relatório, “os presos ficam soltos dentro do pavilhão e a maioria dorme em um pátio localizado do próprio pavilhão.”
No presídio Luiz Gonçalves, em Vitória de Santo Antão (a 50 km do Recife), há capacidade para 96 presos, mas 440 estão amontoados nas celas. Segundo o relatório, na unidade é um detento o “responsável por realizar o primeiro atendimento ao preso com algum problema de saúde”. Com informações do Uol.

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