Lucro com a cebola

Os agricultores de Belém do São Francisco, em Pernambuco, que cultivam cebola, estão otimistas com a próxima safra. A queda nas lavouras em outras regiões do país fez a cotação do produto aumentar bastante.

O Rio São Francisco tem quase três mil quilômetros de extensão e é conhecido por seu papel de integração nacional. Ele faz a ligação de diferentes regiões do Brasil. Em alguns trechos, é possível observar as chamadas ilhas fluviais, formadas por sedimentos depositados ao longo do tempo pelas águas do rio.

A maior concentração fica no trecho pernambucano. São ao todo 88 ilhas que pertencem à área administrativa do município de Belém do São Francisco. Nas ilhas a produção de cebola gera emprego e renda para 70% da população. As plantações são irrigadas com a água do Velho Chico através do sistema de inundação da área de plantio.

Por ano, o produtor de cebola faz uma média de três colheitas. Em Belém do São Francisco elas normalmente ocorrem em outubro, janeiro e principalmente em junho.

Quem plantou de outubro para cá está vendendo a saca da cebola por cerca de R$ 20. É o dobro do que se praticava há pouco mais de um ano.

“Teve o prejuízo da chuva. Depois, nós plantamos. Foi quando todo mundo se saiu num preço bom de cerca de R$ 21 a R$ 22 a cebola. Deu para todo mundo ganhar dinheiro”, falou o agricultor Mazinho Almeida.

Para a próxima colheita a expectativa de lucro é ainda maior já que as chuvas estão estragando plantações de cebola no sul do país. Para aproveitar a queda de produção da concorrência, agricultores das ilhas de Belém do São Francisco pretendem aumentar a área plantada.

O agricultor Gilmar Freire, que colheu dez hectares em janeiro, agora espera dobrar o índice em junho. “Não só eu como os outros agricultores da região também aumentaram a quantidade de cebola plantada no campo”, contou.

O Estado de Pernambuco é responsável por 8% da safra nacional de cebola.

Fonte: Globo Rural

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